segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Obama, business as usual

Costuma-se dizer que errar uma vez é humano, persistir no erro é burrice. Barak Obama, o Presidente norte americano que hoje tomou posse do segundo mandato, é uma personalidade cativante no discurso mas distante da realidade na governação concreta. Uma das áreas onde Obama falhou de forma mais indiscutível foi na política ambiental e energética. Ficámos a saber que neste segundo mandato a política manter-se-à. Afinal é preciso proteger os nossos filhos e netos das alterações climáticas antropogénicas afirma o Presidente:

  
Diz Obama que a América tem de liderar o Mundo nas fontes renováveis de energia, que é essa a via para uma economia sustentável e moderna. Mais, que o futuro das gerações vindouras é um desígnio da economia de hoje. O discurso, com a entoação dramática que Obama lhe confere é pleno de sedução. Empolgante mas uma completa idiotice.

O investimento na economia verde, ou nas novas fontes de energia suposta e falaciosamente carbon-free como o solar, a eólica ou os biocombustíveis foi um monumental desperdício de dinheiro. Várias empresas que receberam avultados incentivos do Estado americano faliram passado pouco tempo. A criação de empregos nesta nova economia não passou de uma miragem. São indústrias que reduzem valor ao produzir com o custo superior ao preço de mercado. Nenhuma indústria cria emprego a reduzir valor.

Se em 2012 os EUA emitiram a mesma quantidade de gases de efeito de estufa que em 1992 isso deve-se à revolução do shale gas. O aumento de extracção do gás natural baixou de tal forma o seu preço nos EUA que este se tornou no combustível mais popular para produzir energia eléctrica em detrimento do carvão. Como a queima do gás natural emite cerca de metade dos gases de efeito de estufa que o carvão é esse um dos resultados. Esta sim é a verdadeira revolução energética americana. E uma revolução que se fez à boa maneira americana, com iniciativa privada, livre concorrência e sem subsídios vindos de Washington. Segundo a consultora IHS global as novas fontes de gás natural já criaram 1,7 milhões de empregos nos EUA e mais 2 milhões podem nascer até 2035. Isto claro, enquanto a Administração Obama não decidir taxar o gás natural até tornar as fontes renováveis competitivas.

Tal como a Europa também os EUA vão persistir na sua desindustrialização verde. Obama, como disse no seu juramento de tomada de posse, conta com a ajuda de Deus para o concretizar.

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