sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O bom senso regressa ao Japão

Nenhum país industrializado pode viver sem geração eléctrica a partir de fonte nuclear. Pelo menos sem grandes custos ambientais ou económicos. De entre estes o Japão é um dos casos mais críticos de "dependência" nuclear. O país do sol nascente não tem reservas de combustíveis fósseis, não tem reservas hídricas nem vizinhos com os quais equilibrar produção eléctrica intermitente como escrevi aqui. Basicamente o fecho de centrais nucleares no Japão obrigaria o país a ficar dependente do gás natural russo. Parece-me que na prática isso significa que o Japão seria um dos últimos países do mundo a abandonar a energia nuclear.


Como quase tudo aquilo que é incontornável, acontece mais tarde ou mais cedo, com mais ou menos custos, mais ou menos dor. Nesta medida não se estranha este artigo do New York Times que dá conta que o Japão abandonou a ideia de abandonar o nuclear até 2040.

Na Alemanha a virtude do nuclear vai demorar mais tempo a revelar-se. Por duas razões. Primeiro, a visão ecofascista, neo-socialista, utópica é mais forte por lá. Segundo, os alemães podem sempre comprar energia nuclear aos seus vizinhos franceses, checos ou austríacos. Veremos como ficam as coisas depois das eleições de 2013.

Sem comentários:

Enviar um comentário