segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Projecto Windfloat é português?

Windfloat - eólica offshore flutuante
Noticia o jornal Expresso que o projecto de eólica offshore nacional, Windfloatestá a ser transportado para alto mar. Afirma o jornalista que assinou este artigo que se trata de um projecto único no mundo feito em Portugal.

O projecto Windfloat é propriedade intelectual de uma empresa americana, Principle Power, e o protótipo que ficará instalado ao largo da Póvoa do Varzim usa uma turbina Vestas dinamarquesa. A integração portuguesa no projecto vem da metalomecânica A. Silva Matos que, acredito, se dedicou a fabricar os flutuadores. Só que os flutuadores desta estrutura de dezenas de toneladas dificilmente poderão ser considerados inovadores.

Pelo menos quando comparado com com outros projectos de estruturas a flutuar em alto mar caso da Perdido instalada no Golfo do México. A Perdido é a plataforma petrolífera que explora a mais elevada profundidade (2,430m de profundidade de mar) e que pesa, não dezenas de toneladas, mas dezenas de milhares de toneladas.

Perdido - Plataforma petrolífera flutuante de alto mar
Concordo que o fabrico de flutuadores para turbinas eólicas offshore abre perspectivas de negócio para metalomecânicas e estaleiros nacionais mas dificilmente se poderá considerar este nicho um negócio de elevado valor acrescentado. Se Portugal quiser reclamar uma fatia deste mercado terá de ser concorrencial em preço, antes de tudo.

Esperemos é que a desenvolver-se seja acima de tudo para exportação, não só para equilibrar a balança comercial portuguesa, mas para não encarecer ainda mais o custo da electricidade do país.

Claro que essa não é a versão oficial que, naturalmente, espera um contributo notável da eólica offshore para a economia portuguesa.

Outra ideia que está a arrancar neste momento, pelo menos na Rússia, é a construção de centrais nucleares flutuantes de baixa potência como é o caso da Akademik Lomonosov que tem a capacidade para gerar 70MW de electricidade ou 300MW de aquecimento.

A Rosatom, a empresa estatal russa para o sector nuclear, antevê procura futura para este tipo de estrutura, seja para indústrias ou pequenas localidades situadas em zonas costeiras remotas, seja para países sub-desenvolvidos com necessidades limitadas de energia eléctrica.

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